Aula: Condições,
Eficácia e Ação da Prece
Bibliografia: Evangelho
Segundo o Espiritismo, cap. 27 itens 01 a 15
I. Prece.
II. Acolhida e
Harmonização. Duração – no máximo cinco minutos.
1
– Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças
entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e
prestar atenção na música.
2 – Relaxamento e
respiração:
Obtido o relaxamento muscular,
cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente,
com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os
lábios.
Este método de respiração,
utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em consequência,
maior vitalidade.
III. Introdução à Aula:
1.
Quem aqui gosta de conversar? Hoje nós vamos aprender que existe
uma maneira de conversarmos com alguém muito importante: Deus. Podemos, também,
por essa forma, conversar com o nosso anjo guardião, nosso mentor espiritual,
os bons espíritos que nos ajudam e nossos familiares desencarnados. Sabem como?
Através da prece. Vocês sabem o que é a prece? Como fazer uma prece?
2.
Agora eu quero que vocês prestem muita atenção no recado que nos mandaram de longe:
(Ligar
um rádio mal sintonizado, e deixar que a dissonância do som comece a incomodar
os Evangelizandos).
Vocês
entenderam o recado? Por que?
Coloque
uma pequena mensagem gravada, de um poema ou pensamento bonito.
Agora
todo mundo entendeu?
3.
Dê um pequeno pedaço de chocolate para cada Evangelizando,
explicando que deverão engoli-lo muito rápido, sem mastigar. Depois, dê mais um
pedaço, pedindo que eles saboreiem, deixem o chocolate derreter na boca.
Perguntar qual a diferença.
4.
Explicar que uma prece deve ser feita com amor, concentração e
cuidado. Devemos orar com palavras vindas de nosso coração. Rezar rapidamente
com palavras repetidas e sem prestar atenção ao que está dizendo é a mesma
coisa que transmitir uma mensagem fora da faixa de sintonia, como foi o som que
os Evangelizandos ouviram do rádio mal sintonizado. Da mesma forma, ao prestar
atenção e não ter pressa em degustar o chocolate todos puderam sentir a riqueza
de seu sabor, o que não aconteceu quando engoliram de uma vez só. Orar com
pressa e sem atenção é a mesma coisa que engolir um alimento sem saboreá-lo.
IV. Dinâmica.
Recortar as palavras da frase
abaixo em cartões. Espalhá-los sobre a mesa e pedir para as crianças formarem a
frase.
“A prece é a o instrumento que
temos para chegar ao Criador. É o meio de comunicação com Deus e com a
espiritualidade superior.”
V. Atividades
1. Contar a seguinte história:
PRÊMIO
AO SACRIFÍCIO
Era uma
vez, no Mundo Espiritual, três irmãos dedicados a Jesus. Eles leram no
evangelho que cada homem receberá, sempre, de acordo com as próprias obras, e
prometerem cumprir as lições de Jesus, na futura encarnação. E vieram para a
Terra, através de um novo corpo.
2: - O
primeiro colocou - se na indústria da construção e de tal modo se aplicou no
serviço, que em breve passou à condição de interessado nos lucros administrativos.
Dentro de 25 anos, era chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro
benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com facilidade e socorria infortunados e
sofredores. Dividia o trabalho e distribuía os lucros com justiça e bondade.
3: - O
segundo estudou muito e tornou - se juiz famoso. Embora gozasse de respeito e
de estima dos contemporâneos, jamais olvidou os compromissos que assumira à
frente do Evangelho.
Defendeu
os humildes, auxiliou os pobres e libertou os prisioneiros perseguidos pela
maldade. De juiz tornou - se legislador e cooperou na confecção de leis
benéficas. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.
4: - O
terceiro, porém, era paralítico. Mão podia usar a inteligência com facilidade.
Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um tribunal. Tinha as pernas
mirradas. O leito e a cadeira de rodas era a sua residência. Lembrou, contudo,
que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher
que lhe fazia limpeza doméstica. Viu-a triste e lacrimosa e procurou
conhecer-lhe as mágoas com discrição e
fraternidade.
Confortou-a com ternura de um irmão.
Convidou-a
a orar e pediu para ela as bênçãos divinas.
Bastou
isso e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham
rogar-lhe o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se necessitados Orava
em companhia de todos. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças
no Reino Divino. Dava de si mesmo, gastando emoções e energias no serviço do
bem. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a se esquecer e tanto
trabalhou, que perdeu o dom da vista.
Cego,
contudo, não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através
da oração, ajudando-os cada vez mais.
DESENCARNARAM
OS TRÊS IRMÃOS, com idades avançadas, com pequenas diferenças de tempo.
Quando
se reuniram na VIDA ESPIRITUAL, veio um Espírito Superior examinar-lhes as
obras com uma balança.
O
Industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas,
recheadas com dinheiro e com as sentenças que haviam distribuído em beneficio
de muitos. O Servidor da prece, o ex-paralítico, trazia apenas um pequeno
livro, onde costumava escrever suas rogativas.
O
PRIMEIRO foi abençoado pelo conforto que espalhou com os necessitados e o
SEGUNDO foi também louvado pela justiça que semeara sabiamente.
Quando
o Espírito Superior, porém, abriu o livro do ex-paralítico, dele saiu urna
grande luz, que tudo envolveu numa coroa resplandecente.
A
BALANÇA foi incapaz de medir-lhe a grandeza. Então, o mensageiro de luz falou -
lhe, feliz:
– Teus
irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram, em favor do
próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a
fama que se multiplicam facilmente no mundo.
Seja, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor
santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos
e o tempo a beneficio dos semelhantes e a Lei do Sacrifício determina que a tua
moradia seja mais alta.
E o servidor humilde do povo foi conduzido a
um plano mais elevado, de onde passou a exercer autoridade sobre nuita gente,
com bondade e amor.
Autoria: Associação Municipal Espírita de
Juiz de Fora.
2.
Explicar aos Evangelizandos que a prece é a maneira pela qual, através do
pensamento expresso ou não em palavras, a criatura se liga ao Criador. É o meio
de comunicação com Deus e com os planos mais altos da vida.
Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. Três situações podem ser propostas por meio de uma prece: louvar, pedir, agradecer.
Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. Três situações podem ser propostas por meio de uma prece: louvar, pedir, agradecer.
3.
Apresentar aos Evangelizandos um aquário com pedras, plantas e peixes:
Deus, sendo onisciente,
sabe o que precisamos. Mas a prece é necessária par que elevemos as nossas
vibrações e criemos condições para o auxílio; atrai, ainda, os bons espíritos e
permite que percebamos suas boas inspirações. Pedimos o que queremos, Deus nos
dá o que precisamos. Querem ver?
4. Montar em isopor o seguinte
cenário:
- um caminho,
- uma gruta,
- um riacho com uma ponte,
- uma
árvore
- uma casa
- bonecos: um homem, um cachorro, uma
cobra,
Pedir aos Evangelizandos para auxiliarem na encenação da seguinte
história – combine que cada um será um personagem, e, na medida que a
Evangelizadora for narrando a história, o Evangelizando deverá movimentar seu
boneco pelo cenário:
Um dia nosso amado Mestre Jesus
contou a seguinte história, intitulada A Resposta Celeste, para mostrar que
Deus sempre ouve nossas orações, e as atende, não da forma como queremos, mas daquela que for
melhor para nós:
— Antigo instrutor dos
Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra,
profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo,
quando anoiteceu, sem que lhe fôsse possível prever o número de milhas que o separavam
do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou,
implorando a proteção do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
O ancião continuou a jornada,
quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se
bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a
terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se
a extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia
ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se
desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas. Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas. Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou
angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta
madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde
partiam. Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu
resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de
camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe
fora negado o asilo, assassinando os moradores. Repentina luz espiritual
aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade
Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, lhe
garantira a tranquilidade do pouso.Informando-se de que seguia em trilho oposto
à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a
viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a
terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos
viajores imprevidentes haviam sucumbido.
O velho agradeceu o salvamento
que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho
observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito
reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera
entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua
tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
O Pai ouve sempre as nossas
rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas dele e
aproveitá-las.
Autoria: Néio Lúcio –
Jesus no Lar
5.
Das duas histórias que ouvimos, aquela primeira que eu contei e
essa agora que encenamos, o que v0cês aprenderam?
6.
Dividir a turma em dois grupos e pedir para cada um fazer uma
frase sobre a prece, escrevê-la em um cartaz, ilustrá-la e colocá-la no mural.
Agradecemos, Senhor, Senhor
Estes momentos de paz, de paz
Que te sentimos aqui, aqui
Em vibrações fraternais fraternais
Na estrada da vida
Conduz-nos ao bem
Na alegria ou na dor
Seja o amor
Nossa bandeira de luz
Amado Mestre Jesus
Estes momentos de paz, de paz
Que te sentimos aqui, aqui
Em vibrações fraternais fraternais
Na estrada da vida
Conduz-nos ao bem
Na alegria ou na dor
Seja o amor
Nossa bandeira de luz
Amado Mestre Jesus
Seja o
amor
Nossa bandeira de luz
Amado Mestre Jesus
Nossa bandeira de luz
Amado Mestre Jesus
Subsídios para o Evangelizador:
Qual a Eficácia da Prece?
A
resposta a essa pergunta vai depender da posição de cada um em diversas
questões relativas a Deus,
sobretudo no que diz respeito à crença na
sua existência e
na interpretação dos atributos
da divindade,
variando então dos eu'>ateus,
que não acreditam em Deus
e, por conseguinte, nenhum valor dão à prece,
passando pelos agnósticos, que reputam o absoluto como
inacessível ou incognoscível ao espírito humano,
para chegar aos teístas, que se dividem nos crentes irracionais e racionais,
aqueles confiando cegamente até em milagres
e os últimos
fazendo toda crença passar
pelo crivo da razão,
como ocorre com o espírita.
Com quem estaria a razão?
Allan Kardec, através de interessante matéria intitulada Considerações sobre a prece no Espiritismo (publicada na Revista Espírita do mês janeiro de 1866), afirma que a questão da prece foi de há muito discutida, para que seja inútil aqui repetir o que se sabe a respeito. Se o Espiritismo proclama a sua utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar a sua eficácia e o modo de ação. Desde que, pelas leis dos fluidos, compreendemos o poder do pensamento, também compreendemos o da prece, que é, também, um pensamento dirigido para um fim determinado."
Mas, ainda assim poderíamos indagar se a prece é necessária, na medida em que muitas pessoas que não fazem nenhum tipo de prece, seja de louvor, de pedido ou de agradecimento, parecem permanentemente protegidas, enquanto que outras, que vivem rezando o tempo todo em templos, igrejas, casas e até nas ruas, enfrentam enormes dificuldades e aparentam que foram abandonadas pelo mais alto.
Na opinião de Kardec, não há dúvida de que a prece é "uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades”, porquanto, depois da prece, se a pessoa está fraca, sente-se mais forte e se está triste, mostra-se mais consolada, de forma que privá-la da prece seria tirar-lhe o “mais poderoso suporte moral na adversidade”.
Isto acontece porque o homem, através da prece, eleva sua alma e entra em comunhão com Deus, identifica-se com o mundo extra-físico e se desmaterializa, obtendo uma condição essencial para sua felicidade futura, ao passo que, “sem prece, seus pensamentos ficam na terra, ligam-se mais e mais às coisas materiais. Daí um atraso no seu adiantamento”. Acrescentando que é um grave erro acreditar que a prece tem apenas e unicamente uma ideia de pedido, o mestre ensina que o "respeito da Divindade é um ato de adoração, de.humildade e de submissão, ao qual não se pode recusar, sem desconhecer o poder e a bondade do Criador”.
Não obstante essas ponderações de Allan Kardec; muitos espíritas pregam um Espiritismo sem prece, aos quais ele responde afirmando que o "Espiritismo deve as numerosas simpatias que encontra às aspirações do coração, e nas quais as consolações que se obtém na prece entram com larga parte. Uma seita que se fundasse na negação da prece, privar-se-ia do principal elemento de sucesso, a simpatia geral, porque, em vez de a elevar, rebaixá-la-ia. Se o Espiritismo deve ganhar em influência, é aumentando a soma de satisfações morais que proporciona. Que os que, a todo preço, querem o novo no Espiritismo, para ligar o seu nome a uma bandeira, esforcem‑se para dar mais que ele. Mas não é dando menos que o suplantarão. A, árvore despojada de seus frutos saborosos e nutritivos será sempre menos atraente que a que deles está carregada. É em virtude do mesmo princípio que sempre temos dito aos adversários do Espiritismo: o único meio de o matar é dar algo de melhor, mais dor'>consolador, que explique mais e mais satisfaça. É o que ninguém ainda fez”.Sendo assim, a “rejeição da prece, por parte de alguns crentes nas manifestações espíritas”, deve ser considerada como uma opinião isolada, que pode ligar algumas individualidades, mas que jamais ligará a maioria. Seria erro imputar tal doutrina ao Espiritismo, desde que ele ensina positivamente o contrário."
Em outra passagem, Kardec aborda a polêmica reinante` em torno da prece nas reuniões espíritas, explicando que ela se destina a uma predisposição "ao recolhimento, à seriedade, condição indispensável como se sabe, para as comunicações sérias", mas isso não significa que "essas reuniões sejam transformadas em assembleias religiosas", pois "o sentimento religioso não é sinônimo de profissionalismo religioso; deve-se mesmo evitar o que poderia dar às reuniões esse último caráter."
Por tal razão, o dor'>codificador desaprovava constantemente "as preces e os símbolos litúrgicos", porque não podemos jamais "esquecer que o Espiritismo deve tender à aproximação das diversas comunhões" porquanto não é raro ver nas reuniões espíritas sérias a confraternização de representantes de diferentes cultos, motivo pelo qual "ninguém deve arrogar-se a supremacia. Que cada um em particular ore como entender; é um direito de consciência‑ mas numa assembléia fundada sobre o princípio da caridade, devem abster-se de tudo o que pudesse ferir susceptibilidades e tender a manter um antagonismo que ao contrário, é preciso esforçar-se par o fazer desaparecer. Preces especiais no Espiritismo não constituem um culto distinto, desde que não sejam impostas e cada um seja livre de dizer as que lhe convém. Mas elas têm a vantagem de servir para todos e não chocar ninguém."
Por outro lado é importante não nos esquecermos dos Espíritos em nossas vibrações mentais, pois para eles a "prece é uma identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia. Repeli-la é repelir a lembrança dos seres que nos são caros, porque essa lembrança simpática e benevolente é, por si mesma, uma prece. Aliás, sabe-se que os que sofrem a reclamam com instância, como um alívio à suas penas. Se a pedem, então é que dela necessitam. Recusá-la é recusar um copo d' água ao infeliz que está com sede."
Diante do exposto, parece evidente que a discussão acerca da eficácia ou ineficácia da prece tem sua raiz no desconhecimento da sua real natureza, pois ficou claro que a prece feita com recolhimento e sem ritual ou liturgia é um poderoso instrumento de elevação espiritual, possibilitando que a pessoa se aproxime de Deus, alinhe-se com o plano superior e progrida moralmente, sem contar que, quando ela é destinada aos semelhantes - encarnados ou desencarnados, amigos ou inimigos - será sempre uma saudável manifestação de simpatia, amizade e até de amor fraterno.
Com quem estaria a razão?
Allan Kardec, através de interessante matéria intitulada Considerações sobre a prece no Espiritismo (publicada na Revista Espírita do mês janeiro de 1866), afirma que a questão da prece foi de há muito discutida, para que seja inútil aqui repetir o que se sabe a respeito. Se o Espiritismo proclama a sua utilidade, não é por espírito de sistema, mas porque a observação permitiu constatar a sua eficácia e o modo de ação. Desde que, pelas leis dos fluidos, compreendemos o poder do pensamento, também compreendemos o da prece, que é, também, um pensamento dirigido para um fim determinado."
Mas, ainda assim poderíamos indagar se a prece é necessária, na medida em que muitas pessoas que não fazem nenhum tipo de prece, seja de louvor, de pedido ou de agradecimento, parecem permanentemente protegidas, enquanto que outras, que vivem rezando o tempo todo em templos, igrejas, casas e até nas ruas, enfrentam enormes dificuldades e aparentam que foram abandonadas pelo mais alto.
Na opinião de Kardec, não há dúvida de que a prece é "uma necessidade universal, independente das seitas e das nacionalidades”, porquanto, depois da prece, se a pessoa está fraca, sente-se mais forte e se está triste, mostra-se mais consolada, de forma que privá-la da prece seria tirar-lhe o “mais poderoso suporte moral na adversidade”.
Isto acontece porque o homem, através da prece, eleva sua alma e entra em comunhão com Deus, identifica-se com o mundo extra-físico e se desmaterializa, obtendo uma condição essencial para sua felicidade futura, ao passo que, “sem prece, seus pensamentos ficam na terra, ligam-se mais e mais às coisas materiais. Daí um atraso no seu adiantamento”. Acrescentando que é um grave erro acreditar que a prece tem apenas e unicamente uma ideia de pedido, o mestre ensina que o "respeito da Divindade é um ato de adoração, de.humildade e de submissão, ao qual não se pode recusar, sem desconhecer o poder e a bondade do Criador”.
Não obstante essas ponderações de Allan Kardec; muitos espíritas pregam um Espiritismo sem prece, aos quais ele responde afirmando que o "Espiritismo deve as numerosas simpatias que encontra às aspirações do coração, e nas quais as consolações que se obtém na prece entram com larga parte. Uma seita que se fundasse na negação da prece, privar-se-ia do principal elemento de sucesso, a simpatia geral, porque, em vez de a elevar, rebaixá-la-ia. Se o Espiritismo deve ganhar em influência, é aumentando a soma de satisfações morais que proporciona. Que os que, a todo preço, querem o novo no Espiritismo, para ligar o seu nome a uma bandeira, esforcem‑se para dar mais que ele. Mas não é dando menos que o suplantarão. A, árvore despojada de seus frutos saborosos e nutritivos será sempre menos atraente que a que deles está carregada. É em virtude do mesmo princípio que sempre temos dito aos adversários do Espiritismo: o único meio de o matar é dar algo de melhor, mais dor'>consolador, que explique mais e mais satisfaça. É o que ninguém ainda fez”.Sendo assim, a “rejeição da prece, por parte de alguns crentes nas manifestações espíritas”, deve ser considerada como uma opinião isolada, que pode ligar algumas individualidades, mas que jamais ligará a maioria. Seria erro imputar tal doutrina ao Espiritismo, desde que ele ensina positivamente o contrário."
Em outra passagem, Kardec aborda a polêmica reinante` em torno da prece nas reuniões espíritas, explicando que ela se destina a uma predisposição "ao recolhimento, à seriedade, condição indispensável como se sabe, para as comunicações sérias", mas isso não significa que "essas reuniões sejam transformadas em assembleias religiosas", pois "o sentimento religioso não é sinônimo de profissionalismo religioso; deve-se mesmo evitar o que poderia dar às reuniões esse último caráter."
Por tal razão, o dor'>codificador desaprovava constantemente "as preces e os símbolos litúrgicos", porque não podemos jamais "esquecer que o Espiritismo deve tender à aproximação das diversas comunhões" porquanto não é raro ver nas reuniões espíritas sérias a confraternização de representantes de diferentes cultos, motivo pelo qual "ninguém deve arrogar-se a supremacia. Que cada um em particular ore como entender; é um direito de consciência‑ mas numa assembléia fundada sobre o princípio da caridade, devem abster-se de tudo o que pudesse ferir susceptibilidades e tender a manter um antagonismo que ao contrário, é preciso esforçar-se par o fazer desaparecer. Preces especiais no Espiritismo não constituem um culto distinto, desde que não sejam impostas e cada um seja livre de dizer as que lhe convém. Mas elas têm a vantagem de servir para todos e não chocar ninguém."
Por outro lado é importante não nos esquecermos dos Espíritos em nossas vibrações mentais, pois para eles a "prece é uma identificação de pensamentos, um testemunho de simpatia. Repeli-la é repelir a lembrança dos seres que nos são caros, porque essa lembrança simpática e benevolente é, por si mesma, uma prece. Aliás, sabe-se que os que sofrem a reclamam com instância, como um alívio à suas penas. Se a pedem, então é que dela necessitam. Recusá-la é recusar um copo d' água ao infeliz que está com sede."
Diante do exposto, parece evidente que a discussão acerca da eficácia ou ineficácia da prece tem sua raiz no desconhecimento da sua real natureza, pois ficou claro que a prece feita com recolhimento e sem ritual ou liturgia é um poderoso instrumento de elevação espiritual, possibilitando que a pessoa se aproxime de Deus, alinhe-se com o plano superior e progrida moralmente, sem contar que, quando ela é destinada aos semelhantes - encarnados ou desencarnados, amigos ou inimigos - será sempre uma saudável manifestação de simpatia, amizade e até de amor fraterno.
Paz e luz!
Laura