Lindo"

sábado, 27 de outubro de 2012

Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – Dever e Virtude



Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – Dever e Virtude
Turma: Jardim – Sala Joanna de Angelis
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.17, Itens 7 E 8.

I – Acolhida e Harmonização.
Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo e fazerem o seguinte exercício: com todos em silêncio, murmurar o nome de duas crianças que, sem ruído, trocam de lugar enquanto os outros permanecem imóveis. Continuar até todos trocarem de lugar.
2 – Relaxamento:
3 – Respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.

  II. Prece.

 III. Atividades:
1)    Pegar o “Baú do Tesouro” e colocá-lo no centro da mesa. Dizer: “Aqui está nosso baú do tesouro”, será que hoje vamos poder juntar mais bens espirituais aqui em nossa sala? Inquirir um a um sobre as virtudes cultivadas e boas ações praticadas durante a semana, preencher os coraçõezinhos com o nome de cada Evangelizando e o bem espiritual cultivado naquela semana, entregar para o mesmo colocá-lo no baú. Incentivá-los a continuar cultivando boas atitudes, bons pensamentos e boas palavras, a fim de promoverem a reforma íntima e “encherem” o Baú do Tesouro.

2)        Dinâmica:
O Evangelizador diz que irá apresentar 3 situações aos Evangelizandos, que deverão resolvê-las:
a)    Mostrar a seguinte figura:


Dizer: Esse é Mateus. Mateus é bombeiro. Ele é muito especializado e competente no trabalho. Mas hoje Mateus resolveu que não iria trabalhar porque quer muito ir a um passeio com seu irmão: eles vão a uma linda cachoeira! Acontece que aconteceu um grande incêndio em um prédio no centro da cidade. Um apartamento no oitavo andar estava pegando fogo e nele morava uma senhora que não pode andar. Somente Mateus tem treinamento para retirar cadeirantes de um incêndio. E agora, o que fazer? O que vocês acham que vai acontecer?
b)    Mostrar a seguinte figura:

Dizer: Esse é o Dr. Guilherme. Ele é médico. Trabalha no posto de saúde de nosso bairro. Hoje o Dr. Guilherme está de plantão: é o único médico designado para atender durante a noite. Acontece que o Dr. Guilherme é um torcedor muito fanático. Seu time vai disputar a final do campeonato brasileiro essa noite. Pela manhã o Dr. Guilherme recebeu um telefonema que o deixou muito eufórico: foi premiado com um ingresso para assistir ao jogo no camarote  de uma empresa! Ficou muito contente e nem se lembrou que seria o único médico de plantão à noite no posto de saúde: pegou o caro e rumou para a capital para assistir o jogo.
Acontece que naquela noite o filho da Dona Carminha começou a passar muito mal. Ele estava queimando em febre e mal conseguia respirar. Era de madrugada e Dona Carminha não tinha carro. Foi correndo para o posto de saúde com seu filhinho nos braços. Acontece que o Dr. Guilherme não tinha ido trabalhar e a ambulância estava estragada. Os telefones e celulares estavam em pane devido a um apagão na rede de energia! Dona Carminha começo a chorar desesperada, porque seu filhinho necessitava de um médico com urgência! E agora, o que fazer? O que vocês acham que aconteceu?
c)    Mostrar a seguinte figura:

Esse é o Joel. Ele é estudante. A professora pediu para a turma se dividir em grupos para apresentarem um trabalho sobre ecologia. João estava em um grupo junto com Madalena e Ronaldo. Ronaldo precisava muito dos pontos que ganhariam com o trabalho para passar de ano. Ele e Madalena se empenharam muito: foram à escola para pesquisar sobre o tabalho, conversaram com pessoas mais velhas para ajudarem, buscaram figuras para ilustrar seus cartazes, enfim, fizeram sua parte com responsabilidade e afinco! Joel estava designado para fazer uma maquete que seria muito importante na explicação do trabalho. Na realidade não havia como apresentar o trabalho sem a maquete. Acontece que Joel preferiu ficar jogando vídeo game a fazer a maquete. No dia de apresentar o trabalho Joel estava com preguiça e desligou o despertador, virou para o lado e dormiu até tarde. Na hora de apresentar o trabalho feito com tanta dedicação por Madalena e Ronaldo Joel não apareceu! Os outros dois colegas ficaram apavorados! Ronaldo começou a suar e passar mal: se dedicou tanto e não iria ganhar os pontos que necessitava – corria o risco de ficar reprovado! E agora, o que fazer? O que vocês acham que aconteceu?

3)     Explicar aos Evangelizandos que todos nós temos deveres a cumprir. Esses deveres fazem parte da nossa existência. Cumprindo os deveres estaremos agindo dentro do que nos cabe como filhos de Deus e membros da comunidade terrena. Fazê-los entender que  no Mundo Espiritual, antes de nascermos, nós nos comprometemos com o nosso Anjo Guardião e com Jesus. Assim, prometemos que ao reencarnarmos na Terra, não esqueceríamos nossos deveres como filhos de Deus, ou seja, que cuidaríamos de toda a Sua criação, desde o mais pequenino grão de areia, até os animais e os seres humanos, nossos irmãos.
Só que muitos de nós, quando chegamos aqui, percebemos quão maravilhosa é a Terra, e quantas coisas podemos ter e fazer. Quando somos crianças queremos muitos brinquedos, um celular moderno e brincar bastante; à medida que vamos crescendo nossos desejos vão mudando, quando nos tornamos adultos desejamos uma casa grande ou um carro moderno, achando, muitas vezes, que ter e comprar coisas são objetivos importantes nesta existência. Acabamos esquecendo que todas as conquistas materiais não são o que de mais importante há por aqui.
Devemos lembrar que reencarnamos para estudar, ajudar nossos pais, cuidar das plantinhas, dos animais, sermos corretos, não prejudicarmos os outros, enfim, que o objetivo de nossa vida é a evolução moral e espiritual, ou seja, aprender a ser uma pessoa honesta, que faz o bem. Os bens da Terra nos ajudam na evolução, mas nossa evolução moral exige esforço e dedicação.
Quando nós fazemos a nossa parte na criação Divina, estamos cumprindo o que nos propomos antes de reencarnar.
A Terra é uma escola, nós não vamos ficar aqui para sempre. Precisamos aprender que as coisas que temos como brinquedos, casa, roupas, carro, só vão nos ajudar aqui na Terra se utilizarmos para o bem. Devemos lembrar sempre que a nossa verdadeira Pátria é o Mundo Espiritual. Que desta existência só levaremos o bem que realizarmos, todo o sorriso e carinho de cada pessoa que convive conosco, e o amor que distribuirmos. Só assim compreenderemos o verdadeiro sentido da palavra riqueza.
Cada ser humano reencarna dentro das condições que precisa para evoluir. Nem sempre o que desejamos é o melhor para nós. Deus, Pai amoroso e justo, conhece cada um de nós, e sabe exatamente o que precisamos para evoluirmos e sermos felizes.

4)        Contar a seguinte história: (preparar fantoches de varetas):
O Dever Esquecido
Certo Rei, muito poderoso, sendo obrigado a se ausentar do reino por muito tempo e desejando por à prova a capacidade do Príncipe, seu filho, tomou de grande fortuna e entregou-lhe dizendo:
- Quero que empregue toda esta fortuna na construção de uma casa, tão rica, luxuosa, confortável e bela quanto for
possível. Acontece porém, que o jovem, muito egoísta, arquitetou o plano de enganar o próprio pai, procurando aproveitar todos os prazeres imediatos da vida e, para isso, passou a comprar materiais inferiores. Onde lhe cabia empregar metais raros, utilizava latão; nos lugares em que devia colocar mármore precioso, punha madeira barata e nos setores de serviço em que a obra reclamava pedra sólida, aplicava terra batida.
Dessa forma, obteve bastante dinheiro economizando no material, mas gastou tudo desordenadamente, na companhia de seus amigos.
Quando o rei regressou, encontrou o príncipe abatido e cansado a apresentar-lhe uma cabana feiosa e esburacada, ao invés de uma casa nobre. Surpreso e triste, porém sem perder a calma, o rei entregou-lhe a chave da cabana e disse:
- Meu filho, a casa que mandei construir era para você mesmo. Apesar de não me parecer a residência tão sonhada por mim, seu pai, acredito que você deva estar satisfeito, pois foi você mesmo que a escolheu...
Esta história nos leva a refletir sobre o cumprimento de nossos deveres. Vamos comparar por um momento, o Rei, a Deus. O príncipe da história pode ser qualquer um de nós. A fortuna é a vida que Deus nos deu. Nós, quase sempre, porém, gastamos esse tesouro com bobagens. Mas aquele que se consagra à benção do dever que deve cumprir, por mais difícil que seja, adquire a tranquilidade e a alegria de bem aproveitar os tesouros que Deus nos reservou. Afinal, Deus é nosso Pai, e está sempre a nos reservar o melhor. Cabe-nos realizar nossas tarefas com alegria e conforme nos foi pedido e orientado,   assim, aproveitaremos o melhor que nos foi reservado! 
(Adaptado do Livro Antologia da Criança de Chico Xavier)

5)     Arte
       Explicar para os Evangelizando que o verdadeiro Homem de Bem é aquele que cumpre seus deveres e trabalha seus sentimentos, buscando ser virtuoso. Como ser virtuoso? Sendo bom, caridoso, trabalhador, sóbrio e  modesto. Devemos reciclar nossos sentimentos e emoções, retirando de nós o orgulho e o egoísmo. Cultivando em nosso ser o Amor. São Francisco de Assis viveu em plenitude todas essas virtudes. Vamos fazer um lindo quadro retratando esse grande espírito?
(Usar recorte e colagem de diversos materiais: papel, tecido, flores artificiais, etc.) 

Mostrar o original para eles terem onde se inspirar:

6)        Música
Apresentar o vídeo da música “Oração de São Francisco de Assis”, com Elizabeth Lacerda:

Oração de São Francisco de Assis

Elizabete Lacerda

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão 
Onde houver discórdia, que eu leve a união 
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé 
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança 
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria 
Onde houver trevas, que eu leve a luz. 

Mestre, fazei que eu procure mais 
consolar que ser consolado
compreender que ser compreendido 
amar que ser amado

Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !

VII.         Prece Final.
     

Subsídios para o Evangelizador:

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

I – O Dever

LÁZARO
Paris, 1863
            7 – O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados. Quero falar aqui somente do dever moral, e não do que se refere às profissões.
            Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se encontra em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever íntimo do homem está entregue ao seu livre arbítrio: o aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior, o adverte e sustenta, mas ele se mostra freqüentemente impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente observado, eleva o homem. Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos.
            Deus criou todos os homens iguais para a dor; pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelos mesmos motivos, a fim de que cada um pese judiciosamente o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, que é infinitamente mais variado nas suas expressões. A igualdade em relação à dor é uma sublime previsão de Deus, que quer que os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal desculpando-se com a ignorância dos seus efeitos.
            O dever é o resumo prático de todas as especulações morais. É uma intrepidez da alma, que enfrenta as angústias da luta. É austero e dócil, pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mas permanecendo inflexível diante de suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo; é a um só tempo, juiz e escravo na sua própria causa.
            O dever é o mais belo galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não porque ele o preserve dos males da vida, aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
            O dever se engrandece e esplende, sob uma forma sempre mais elevada, em cada uma das etapas superiores da humanidade. A  obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa, porque ela deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita um esboço imperfeito, mas deseja que a grandeza da sua obra resplandeça aos seus olhos.

II – A Virtude

FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE
Paris, 1863
            8 – A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são as qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, são quase sempre acompanhadas de pequenas falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho.  A virtude realmente digna desse nome não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra, foge à admiração das multidões. São Vicente de Paulo era virtuoso. O digno Cura de Ars era virtuoso. E assim muitos outros, pouco conhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que eram virtuosos. Deixavam-se levar pela corrente das suas santas inspirações, e praticavam o bem com absoluto desinteresse completo esquecimento de si mesmos.
            É para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu vos convido a consagrar-vos. Mas afastai de vossos corações o sentimento do orgulho, da vaidade, do amor próprio, que deslustram sempre as mais belas qualidades. Não imiteis esse homem que se apresenta como modelo e se gaba das próprias qualidades, para todos os ouvidos tolerantes. Essa virtude de ostentação esconde, quase sempre, uma infinidade de pequenas torpezas e odiosas fraquezas.
            O homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente podia ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Compreendo perfeitamente que aquele que faz o bem sente uma satisfação íntima, no fundo do coração. Mas desde o momento em que essa satisfação se exterioriza, para provocar elogios, degenera em amor- próprio.
            Oh, vós todos, a quem a fé espírita reanimou os seus raios, e que sabeis quanto o homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa estultícia! A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritas sinceros, mas com esta advertência: Mais vale menos virtude na modéstia, do que muitas no orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades se perderam sucessivamente. É pela humildade que elas um dia deverão redimir-se.

Paz e luz!
Laura

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Histórias da Vovó - Maria Feliz


Do livro Maria Feliz, onde com leveza, graça e simplicidade, a poetisa e evangelizadora infantil Sônia Pimentel destaca a importância do trabalho 
realizado com alegria, despertando no leitor infantil pontos para reflexão a respeito das leis do Trabalho e do Amor. 



Paz e Luz!
Laura

Histórias da Vovó - A Vida de Auta de Souza



História de Auta de Souza contada para crianças.Da Revista Auta de Souza

 Vídeo 1: 



Vídeo 2:


Paz e Luz!
Laura

Histórias da Vovó - Meu Vovô Desencarnou



História do livro "Meu avô desencarnou". Autoras: DANIELLA E FERNANDA PRIOLLI FONSECA E CARVALHO. Editora: FEB. Gênero: Infantil.


Paz e Luz!
Laura

Aula: Parábola do Semeador



Aula: Parábola do Semeador
Turma: Jardim – Sala Joanna de Angelis
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.17, 3 § 19º
I – Acolhida e Harmonização. Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo e fazerem o seguinte exercício: com todos em silêncio, murmurar o nome de duas crianças que, sem ruído, trocam de lugar enquanto os outros permanecem imóveis. Continuar até todos trocarem de lugar.
2 – Relaxamento:
3 – Respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
  II. Prece.
 III. Atividades
1)        Pegar o “Baú do Tesouro” e colocá-lo no centro da mesa. Dizer: “Aqui está nosso baú do tesouro”, será que hoje vamos poder juntar mais bens espirituais aqui em nossa sala? Inquirir um a um sobre as virtudes cultivadas e boas ações praticadas durante a semana, preencher os coraçõezinhos com o nome de cada Evangelizando e o bem espiritual cultivado naquela semana, entregar para o mesmo colocá-lo no baú. Incentivá-los a continuar cultivando boas atitudes, bons pensamentos e boas palavras, a fim de promoverem a reforma íntima e “encherem” o Baú do Tesouro.

2)        Se possível, retirar os móveis de um bom pedaço da sala de aula. Desenhar no chão, com giz molhado ou guache, um caminho de pedras. Preparar ao lado do caminho os seguintes cenários:

- uma parte arrumada com várias pedras de diversos tamanhos, as maiores embaixo e as menores por cima dessas;
- uma parte arrumada com muitos espinhos, você pode colocar cactos e confeccionar espinheiros de papel, galhos secos etc.;
- uma parte você coloca um pedaço de papel ou TNT marrom, para representar a terra fértil.

Prepare uma túnica de TNT ou tecido, um manto e um turbante. Vista em um dos Evangelizandos e coloque um embornal com sementes vistosas (pode ser semente de abóbora) dentro. Instrua-o a representar a Parábola do Semeador.

Coloque as crianças sentadas à frente do cenário montado e o Evangelizando vestido com a roupa de hebreu ao lado do mesmo.

Comece esclarecendo a Turma que hoje eles aprenderão um parábola. Explique que parábolas são as estórias que Jesus contava, eram pequenas estórias que narravam fatos do cotidiano das pessoas daquela época e que sempre continham ensinamentos morais. Jesus as utilizava para que as pessoas entendessem e guardassem no coração seus ensinamentos. Através delas eram ditas verdades, que de outra maneira não seriam escutadas nem entendidas pelas pessoas da época. São feitas comparações com acontecimentos da vida cotidiana; uma forma de facilitar a compreensão das coisas espirituais.

Comece a narrar (o Evangelizando que irá interpretar o Semeador deverá ir caminhando lentamente sobre o caminho, lançando as sementes bem devagar conforme a Evangelizadora narra a parábola):

Um dia Nosso Mestre Jesus sentou-se à beira do mar, uma grande multidão o cercava. Ele lhes contou a seguinte parábola:

“Certo dia um homem do campo pôs-se a semear. Jogou as sementes na terra e um pouco caiu no caminho, e logo vieram os passarinhos e as comeram.
(Nesse instante pedir a um Evangelizando previamente escolhido que entre atrás do semeador. Esse Evangelizando pode ou estar com uma máscara de passarinho ou carregar um passarinho de plástico, madeira ou EVA nas mãos. Ele deve ir “comendo” as sementes lançadas pelo Evangelizador).

Outras sementes caíram no meio das pedras, onde havia pouca terra. As sementes brotaram logo, mas não tinham raízes profundas e o sol forte as secou.
(Deverá entrar em cena um Evangeliando com uma máscaa de sol, ou segurando um sol de papel, EVA ou isopor nas mãos, aproximando-se da terra pedregosa).

Outras sementes caíram entre espinhos, e elas não puderam crescer e morreram, pois os espinhos as sufocaram.
Por fim, as últimas sementes que lançou caíram em terra boa e fértil. E cada uma dessas sementes cresceu e tornou-se frutíferas, chegando a produzir trinta, sessenta e até cem frutos.”
(Nesse instante um Evangelizador deverá colocar sobre a “terra fértil” várias plantas, frutas e flores naturais ou artificiais.)

3)        Perguntar aos Evangelizandos se eles sabem o que Jesus quis nos ensinar com essa parábola. Incentivá-los a responder.

4)        Explicar a Parábola do Semeador para as crianças:

"O semeador da história é Jesus. As sementes são suas palavras, seus ensinamentos. O solo ou a terra são as pessoas que são umas diferentes das outras como o solo em que as sementes caíram.
Há pessoas que são semelhantes às sementes que Jesus referiu-se na parábola:
As primeiras sementes que caíram no caminho e os passarinhos comeram, essas representam as pessoas que não compreendem a palavra de Jesus e não dão importância para o que Ele diz. Então, suas palavras (sementes) ficam jogadas, esquecidas em seus corações (no solo) e vem o tempo (os pássaros) e as levam. Assim como os passarinhos que vêm comer as sementes, as más ações dessas pessoas fazem com que a palavra de Jesus não esteja no coração delas.
As sementes que caíram no meio das pedras representam as pessoas que ouvem, admiram-se, acham muito bonito, mas logo que aparece um obstáculo ou uma dificuldade, elas desistem e abandonam suas palavras. Ainda tem o coração muito endurecido.
As sementes que caíram no meio dos espinhos e ficaram sufocadas representam as pessoas que estão sufocadas por preocupações, ocupadas em fazer conquistas materiais, ganhar dinheiro, as vezes tentam seguir os exemplos de Jesus, mas são muito egoístas, não conseguem repartir, não entendem a fraternidade.
Quanto às sementes que caíram em terra boa, elas representam as pessoas que tem vontade e esforçam-se em seguir as palavras de Jesus e as praticam. Nessas pessoas as palavras de Jesus dão muitos frutos, é considerada a “terra fértil que produz”."

5)        Arte:
Distribuir as ilustrações abaixo para os Evangelizandos pintarem com giz de cera sobre lixa. Após terem terminado, pedir que cada um  vá á frente com sua ilustração, para que possam recontar a Parábola do Semeador, explicando seu significado.






         
6)        Dinâmica:
Preparar um bandeja contendo 3 potinhos de danoninho preparados da seguinte forma:
- todos os potinhos devem ser furados em baixo (uma média de 5 furinhos);
- 1 com pedregulhos;
- 1 com espinhos;
- 1 com terra boa.
Distribuir os potinhos junto com sementes de flor para as crianças. Pedir que plantem uma semente em cada potinho, levem para casa e cuidem das plantinhas todos os dias, colocando água. Na próxima aula deerão trazer os potinhos para verem o que aconteceu.

7)    Música:

O Semeador

João Lucius

Cultive as terras do seu coração
Que o Semeador vai passar
Jogando sementes por aí, ao leu,
Mostrando as belezas que existem no céu 
Deixe a semente em ti fecundar
Quando o Semeador passar
La, ra, La, La, La...
Deixe brotar a bondade no seu coração
Sempre que pedido, nunca diga não.
Pois nada disto aqui pertence a nós
Por isso não devemos negar
Quando o Semeador passar
La, ra, La, La, La...
A caridade é o melhor adubo
Brota o amor, brota a bondade
Brota tudo
Que nesta terra semear
A humildade, a verdade faz a crença
Quando na sua presença
O Semeador passar
La, ra, La, La, La...

8)   Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:

Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo 17:

Parábola do Semeador

            5 – Naquele dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à borda do mar. E vieram para ele muita gente, de tal sorte que, entrando em uma barca, se assentou, ficando  toda a gente de pé na ribeira; e lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis aí que saiu o que semeia a semear. E quando semeava, uma parte das sementes caiu junto da estrada, e vieram às aves do céu, e comeram-na. Outra, porém, caiu em pedregulho, onde não tinha muita terra, e logo nasceu, porque não tinha altura de terra. Mas saindo o sol se queimou, e porque não tinha raiz, se secou. Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e crescendo os espinhos, a afogaram. Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, outros a sessenta, outros a trinta. O que tem ouvidos de ouvir, ouça. (Mateus, XIII: 1-9 ). Ouvi, pois, vós outros, a parábola do semeador. Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a entende, vem o mau e arrebata o que se semeou no seu coração; este é o que recebeu a semente junto da estrada. Mas o que recebeu a semente no pedregulho, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com gosto; porém, ele não tem em si raiz, antes é de pouca duração, e quando lhe sobrevêm tribulação e perseguição por amor da palavra, logo se escandaliza. E o que recebeu a semente entre espinhos, este é o que ouve a palavra, porém os cuidados deste mundo e o engano das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutuosa. E o que recebeu a semente em boa terra, este é o que ouve a palavra e a entende, e dá fruto, e assim um dá cento, e outro sessenta, e outro trinta por um. (Mateus, XIII: 18-23).           
 6 – A parábola da semente representa perfeitamente as diversas maneiras pelas quais podemos aproveitar os ensinamentos do Evangelho. Quantas pessoas há, na verdade, para as quais eles não passam de letra morta, que, à semelhança das sementes caídas nas pedras, não produzem nenhum fruto!
            Outra aplicação, não menos justa, é a que se pode fazer às diferentes categorias de espíritas. Não nos oferece o símbolo dos que se apegam apenas aos fenômenos materiais, não tirando dos mesmos nenhuma conseqüência, pois que neles só vêem um objeto de curiosidade? Dos que só procuram o brilho das comunicações espíritas, interessando-se apenas enquanto satisfazem-lhes as imaginações, mas que, após ouvi-las, continuam frios e indiferentes como antes? Dos que  acham muito bons os conselhos, e os admiram, mas para aplicá-los aos outros e não a si mesmos? Dos que, finalmente, para os quais essas instruções são como as sementes que caíram na boa terra e produzem frutos?
____________
 “Saiu o semeador para semear a sua semente. E quando semeava, uma parte caiu á beira do caminho; foi pisada, e as aves do Céu a comeram. Outra caiu sobre a pedra; e tendo crescido, secou, porque não havia umidade. Outra caiu no meio de espinhos; e com ela cresceram os espinhos, e sufocaram-na. E outra caiu na boa terra, e, tendo crescido, deu fruto a cento por um. Dizendo isto clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (...)”
(Mateus, XIII, 1-9-Lucas, VIII, 4-15.)
“Saiu o semeador para semear a sua semente. E quando semeava, uma parte caiu á beira do caminho; foi pisada, e as aves do Céu a comeram...”
Uma semente que não cresce e não cria raízes é aquela que é plantada superficialmente, podemos trazer esta experiência para o nosso dia a dia, nas relações pessoais, profissionais e até mesmo religiosa, as quais encaramos superficialmente.
Nós em muitos momentos da vida somos rígidos, “solos” duros, áridos, impedindo assim que as boas sementes germinem. Enquanto não permitirmos que a semente adentre o nosso ser, ela não vai germinar e conseqüentemente não vai criar raízes, às vezes não permitimos isso por estarmos em uma condição “confortável”, ou seja, acomodado.
E na maioria das vezes, ouvimos os ensinamentos, mas jamais achamos que eles servem para nós, sempre os projetamos para outras pessoas, e nunca para nós.
“Receando ser ele mesmo, tornasse pessoa espelho, a refletir as conveniências dos outros, ou, homem-parede, a reagir contra todas às vibrações que lhe são dirigidas antes de as examinar”
(Joanna de Angelis-Homem Integral)
“Outra caiu sobre a pedra; e tendo crescido, secou, porque não havia umidade...”
“Como o próprio Jesus disse, este solo é aquele que recebeu rápida e alegremente a Sua palavra, mas não tem raiz em si mesmo.”
Somos nós, eufóricos quando movidos somente pela impulsividade, não nos aprofundamos em nossas raízes, ou seja, partimos para nossas empreitadas na vida, mas sem buscarmos o devido preparo para termos “sucesso” em nossas buscas.
Assim também é na luta pelo nosso melhoramento espiritual, se deixarmos a semente do Evangelho criar raízes profundas dentro de nós, nosso crescimento será mais significativo, uma arvore não pode crescer exuberantemente em sua verticalidade, se não possuir fortes e profundas raízes que a sustentarão.
Esta semente representa aquelas pessoas que não possuem raízes em si mesmas.
Quantas iniciam cursos de estudos da Doutrina Espírita, que certamente nos ajudam muito a criarmos melhores condições para nossa existência,e de hora para outra simplesmente desaparecem, usando trabalho profissional e outros, para justificar sua ausência, outras freqüentam reuniões com belas palestras e com profundas mensagens, e acham tudo muito lindo, mas não deixam esses momentos se aprofundarem dentro de si, em boas reflexões, e acaba tudo passando, alguns partem para os trabalhos necessários dentro da Casa Espírita, iniciam grandes projetos, mas no primeiro obstáculo, desiste de tudo.
Esta é a segunda semente, houve todos as lições, tem acesso a tudo de bom, mas existe nelas uma grande falta de enraizamento e de aprofundamento, deixando que todas as suas atividades sejam plenamente superficiais.
“O ser humano possui profundidade que deve ser penetrada, superando a superficialidade no dia a dia”
(Joanna de Angelis)
“Outra caiu no meio de espinhos; e com ela cresceram os espinhos, e sufocaram-na...”
Os espinhos são as nossas sombras, que ficam escondidas e crescem e quando desejamos partir para uma renovação moral, pois as boas raízes começam a crescer, as nossas melhores qualidades e as maiores virtudes são contaminadas por estes espinhos, por estas sombras.
“Toda vez que a pessoa tenta a conscientização intima, o encontro com o “eu” profundo, a busca interior, as sensações predominantes nas paisagens físicas, perturbam-lhe a decisão, impedindo a experiência”
(Joanna de Angelis)
Se já nos conhecemos um pouco, e sabemos das sombras que trazemos dentro de nós, também sabemos de nossas boas conquistas, então devemos iniciar já uma batalha para que estas sombras não se sobreponham as nossas qualidades, impedindo o nosso crescimento.
Precisamos então trabalhar mais as nossas sombras, buscar as raízes, nos aprofundarmos, deixar o orgulho de lado e passarmos, com esse mergulho em nós mesmos, nos aceitar mais e procurar disseminar estes espinhos de dentro de nós. Como nos orienta a Benfeitora Joanna de Angelis, buscar o nosso “self” e nos conhecermos profundamente.
“A aquisição da consciência é um processo lento e profundo, porque se encontra em germe no próprio “ser”, como a pérola preciosa na concha escura no molúsculo...”
(Joanna de Angelis)
Nada acontece de hora para outra, mas é preciso fazer nossa parte para que consigamos transformar nossas feridas em pérolas, é preciso deixar que todos os ensinamentos nos penetrem verdadeiramente para que ao absorvermos, possamos partir para a vivencia no dia a dia, fazendo com que os espinhos caiam e deixem os frutos bons das boas sementes crescerem e se multiplicarem.
E outra caiu na boa terra, e, tendo crescido, deu fruto a cento por um.
“Nesse homem atribulado dos nossos dias, a Divindade deposita confiança em favor de uma renovação para um mundo melhor e uma sociedade mais feliz, buscar os valores que lhes dormem soterrados no íntimo é a razão de sua existência corporal no momento, encontrar-se com a vida, enfrentá-la e triunfar eis o seu fanal.”
(Joanna de Angelis)
“Quantos de vós aqui presentes darão frutos? Quantos de vós que estão aqui vão permitir que tudo que vocês escutaram e escutam se enraízem, transformem vocês e sigam a adiante se transformando nessa árvore que dará frutos e que vão gerar novas e boas sementes? (Bezerra de Menezes)

Paz e luz!
Laura


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