Sabe-se que este Espírito passou por diferentes etapas da evolução
terrena. Quatro personalidades: Patriarca- Isaac, Profeta- Daniel, Apóstolo-
João Evangelista e Santo- São Francisco de Assis.
A foto representa as duas
últimas vidas deste Espírito: João Evangelista e Francisco de Assis.
O tempo não diminuiu a força
da mensagem deste quase “Cristo redivivo”. Pelo contrário: no mundo conturbado
de hoje, sua vigorosa personalidade fascina os homens desejosos de profunda
vida evangélica. São Francisco é o Santo da ternura, do amor à natureza, da
fidelidade heroica a Cristo, do serviço aos marginalizados e o construtor da
paz.
Nasceu no frio inverno de
1182 de uma família rica de Assis. Filho de Pietro Bernardone, mercadante de
tecidos e Dona Pica. Veio à luz enquanto seu pai estava voltando de uma longa
viagem na Provença. Sua mãe já havia escolhido o nome de João para o recém
nascido, mas seu pai logo quis mudá-lo para Francisco. Na infância, sua mãe o
poupava de qualquer perigo e tivera uma intuição de que ele seria preparado
para uma importante tarefa que mais cedo ou mais tarde, ele teria de
enfrentar... Estudou latim, provençal, o vulgar, a matemática (o pai queria que
se tornasse bom contável para trabalhar no comércio), a música e o canto. A sua
juventude transcorria entre o estudo, a colaboração com o pai e a “alegre
companhia” dos amigos. Toda noite reunia-se com seus companheiros de vida
noturna e com eles percorria as ruelas da cidade. Eram brincadeiras de rapazes
solteiros, mas não excediam os limites da moral e principalmente tinham muito
respeito às mulheres de um modo geral, aos mais velhos e aos pobres. Entre
tanta leviandade não faltaram desagradáveis episódios de intolerância.
Provavelmente foram estes momentos de aversão, que mal combinava com a séria
educação que havia recebido de seus pais, fê-lo refletir cada vez mais. Certa
vez um mendigo bateu à sua porta para pedir esmolas, o jovem o expulsou, mas
imediatamente correu atrás pedindo perdão e pondo em suas mãos uma bolsa cheia
de moedas.
Naquela época aconteciam
muitas guerras, disputas com grande movimentação política, combate entre Reis,
entre Príncipes e entre Nações. Os habitantes de Assis tiveram que pegar em
armas para defender o próprio solo numa guerra entre plebeus e nobres, porque
esses queriam anexar Assis à República de Perúgia. Francisco, cheio de ideais,
almejava ser um grande cavaleiro, queria percorrer o mundo e derramar o seu
sangue por grandes causas! Por essa razão, alistou-se com seus companheiros
para defender Assis. Suas batalhas, porém, duraram pouco, pois foi capturado e
trancado nas prisões dos inimigos. Ficou prisioneiro durante cerca de um ano,
quando neste período pôde meditar e refletir profundamente sobre a complexidade
da vida humana. Certa noite recebeu estranha visita: A voz que o acompanhava há
séculos, falou à sua alma, convidando-o a uma tomada de posição em consonância
com a Vontade de Deus. Quando retornou ao lar, demonstrava íntima mudança. Dois
anos após, um novo combate o fez alistar-se novamente e influenciou seus amigos
a acompanhá-lo. Partiu com seus companheiros numa certa manhã para Apúlias.
Tomaram a estrada que passa por Foligno em direção a Roma. Durante uma parada
em Spoleto foi acometido por uma violenta febre que o levou para a cama e ouviu
as palavras do Senhor o induziram a desistir. De volta a Assis sentiu uma
grande necessidade de doar seus bens para os pobres.
O início da sua conversão.
No outono de 1204 sua saúde
começou a se restabelecer e, aos poucos, foi reencontrando suas amizades com as
mesmas brincadeiras e banquetes noturnos. Entretanto, no verão de 1205 começou
a perder o entusiasmo por aquela maneira de viver. Gradativamente, decidiu se
isolar dos companheiros, impulsionado por uma força interior que dava outra
direção à sua vida. Ora se escondia e permanecia por longo tempo em lugares
ermos, ora caminhava solitário pelas estradas, pelos campos e colinas... Tinha
muitas ideias, mas não sabia o que fazer. Procurava conversar com Deus, fazia
perguntas e guardava no coração a inspiração de uma resposta. Dedicou-se a
oração e a contemplar as passagens evangélicas da vida do Senhor,
principalmente a Paixão, Morte e a Gloriosa Ressurreição de Jesus. Então, teve
a oportunidade de experimentar o início de uma íntima doçura, que nascia da
conversão de sua alma pela misericórdia infinita do Criador. Seu pai
ausentava-se com frequência e não percebeu a transformação que ocorria com o
filho. Sua mãe deixava-o livre, porém, percebeu a mudança radical, onde começou
a trocar seus amigos pelos pobres que começaram a passar a tomar conta do seu
pensamento e do seu coração! Escutá-los, ouvir as suas lamúrias, procurar
aliviar as suas angústias, tornou-se uma obsessão para ele. Mas não suportava
olhar para os leprosos, que existiam em grande quantidade, porque o seu
estômago ficava repugnado com aquele cheiro de podre que emanava das suas
chagas. Por isso afastava-se e evitava passar próximo deles. Certo dia, numa
pequena gruta, invocava a Deus, pedia perdão pelos seus pecados e suplicava uma
orientação para a sua vida: Naquele silêncio, onde só se ouviam o cântico dos
pássaros, uma voz lhe disse:
-“Francisco, se você
quer fazer a Minha Vontade, despreza todas as coisas que os seus sentidos
gostam! Desde o momento que assim começar a proceder, tudo aquilo que antes lhe
parecia agradável, tornar-se-á amargo e insuportável; e tudo o que você
detestava, transformar-se-á em prazer e numa grande doçura!”
Francisco onde estivesse
cavalgando, meditava e refletia sobre a grandeza daquele significado!
Numa bela tarde, quando
cavalgava nas proximidades de Assis, encontrou um homem com estranha aparência:
Aproximou-se e viu que se tratava de um leproso, pobre criatura a perambular
pelos campos, em condições lamentáveis: trapo humano, sem forças nem esperança.
Francisco cumprimentou-o respeitosamente, e profundamente comovido, desceu do
animal e dirigiu-lhe palavras de fraternal carinho. Sentia-se em drama íntimo!
“- Quem será mesmo esse homem? Estou diante de um ser imundo ou de um filho de
Deus, credor de toda a minha atenção”? Pediu-lhe as mãos e beijou-as. Agora o
amor borbulhava em seu coração como gotas de luz! Nesse sublime encontro com a
dor alheia, Francisco mostrava-se realmente transformado! Começava uma grande
revolução: o homem velho dava lugar ao novo. Agora ele percebia a
verdadeira senda do seu destino! Não havia nascido por acaso! Pensou na
possibilidade de um trabalho em que pudesse oferecer de si mesmo, a rosa que
trazia na alma!Na época, havia muitas igrejas e conventos em ruínas. Então, a
meta inicial seria reconstruir igrejas! A igreja de São Damião era uma delas,
capelinha rústica com um único ornamento: um crucifixo bizantino sobre o altar!
Diante dele, Francisco costumava rezar e um dia, Deus decidiu que Francisco era
digno de ouvi-lo: Do Crucifixo saiu uma voz: -“Vai Francisco, conserta
a minha casa que está caindo em ruínas”. A frase o acompanhou para o resto
da vida! É evidente que não se referia somente às paredes estragadas do templo:
mas foi por elas que ele iniciou. Tendo diferente conceito de valor, vendeu
alguns tecidos da loja do pai e com o arrecadado comprou materiais para a
restauração. Com o “roubo”, seu pai irado, na esperança de “recuperar” o jovem,
levou-o para junto do Bispo. Era necessário escolher entre renunciar os bens da
família ou retomar uma vida normal. Obviamente, escolheu a renúncia. Só assim
sua conversão podia iniciar de maneira decisiva! Virando as costas à riqueza
material, diz: -“eu irei ao encontro do meu Senhor!” Em praça
pública, uma multidão de pessoas superlotava as dependências da sede episcopal.
O Bispo diante do pai e do filho disse: - “Se sua intenção é verdadeiramente se
consagrar ao serviço de Deus, deve restituir a seu pai todo o dinheiro dele,
que talvez tivesse sido mal adquirido e que, por conseguinte, não poderá ser
empregado em favor da igreja”. “- Senhor, com muito gosto restituirei ao meu
pai as coisas que lhe pertencem.” Francisco caminhou para um aposento próximo e
voltou em seguida completamente nu, deixando suas roupas, sandálias e algum
dinheiro que lhe restava aos pés de seu pai e disse: “ - Até o presente chamei
a Pedro Bernardone de meu pai. Agora lhe restituo tudo, de modo que não o
chamarei mais de meu pai, porque o nosso único Pai, está nos Céus!” O Bispo
abriu a capa e envolveu Francisco cobrindo a sua nudez, levando-o para o
interior da residência episcopal. A partir daquele momento o “Povorello”
(Pobrezinho) de Assis tornara-se inteiramente um servo de Deus. Retirou-se,
afastando-se de tudo e de todos, retornando apenas a Assis após um ano, pois
mantinha aceso no coração o compromisso de restaurar igrejas, a começar pela
igrejinha de São Damião. Conseguiu auxilio com as famílias, no comércio e com
autoridades civis e religiosas, até concluir seu trabalho. As pessoas o
escutavam com atenção, respeito e admiração. Em seguida, restaura a igreja
beneditina de São Pedro e logo depois, a igrejinha Porciúncula, chamada de
Igreja de Santa Maria dos Anjos, próxima de onde fixou sua residência, onde
durante uma missa, na manhã de fevereiro de 1209, ao ouvir o Evangelho, teve a
inspiração de que aquelas palavras representavam uma nova “Ordem do Senhor”
para ele. Celebrava-se naquele dia, a Festa do Apóstolo São Matias com o
seguinte texto:“Proclamai que o Reino dos Céus está próximo. Curai os
doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De
graça recebestes, de graça daí... (MT 10,7-14).” Estes versículos ficaram em
sua mente como a verdadeira revelação Divina, escrevendo em seu Testamento: “O
Altíssimo dignou-se me revelar que eu deveria viver conforme o “Santo
Evangelho” e revelou-me o modo de saudação que deveria usar: “O Senhor lhe dê a
Paz!”
Fazia então a sua pregação,
simples e em qualquer lugar, convidando as pessoas para o exercício da paz e da
fraternidade. Logo apareceram alguns discípulos que queriam imitá-lo, mas não
tinha ainda escrito nenhuma Norma ou Diretriz de Vida, colocando-se nas Mãos de
Deus a fim de que Ele inspirasse a sua conduta. Na igreja diante do Sacrário,
abriu ao acaso a Bíblia por três vezes e leu as seguintes frases: “Se
queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres e terás um tesouro
nos Céus.” (Mt 19,21). Na segunda vez: “Quem quiser vir após mim,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mt 16,24) e finalmente na
terceira vez: “Não queiras levar para viagem coisa alguma” (Luc 9,3).
Decidiu então, deixar a cabana da Porciúncula (que significa pequena porção de
terra) e transferiu-se para Rivotorto. Francisco com seus onze frades saiu de
Assis e foi a Roma, para conseguir de Sua Santidade o Papa, uma autorização
oficial para estabelecer a Ordem que ele fundou. Esta Ordem religiosa
denominada dos Frades Menores, nascida em 1209, foi aprovada por Inocêncio III
(que anteriormente tinha tido a visão da Basílica de São Pedro em ruínas e um
homem, Francisco, que a sustentava). Eram os anos em que Clara de Assis muitas
vezes aproximava-se do “Povorello”. Foram contatos tão intensos que provocaram
a conversão da jovem que renunciou aos bens terrenos e fundou a segunda Ordem
das Povere Dama (Ordem das Pobres Damas). O ninho da pobreza das monjas foi São
Damião. Francisco e seus companheiros construíram diversas cabanas próximas à
igreja de Santa Maria dos Anjos, onde podemos considerar o primeiro Convento
Franciscano. Logo receberam nova falange de frades, alegres, dispostos e
repletos de devoção por Francisco. Desde o tempo dos Apóstolos, jamais alguém
tentara colocar em prática os ensinamentos e palavras de Jesus como fizeram
Francisco e seus seguidores! Francisco fundou mais tarde, a Ordem Terceira,
aberta indistintamente a padres, leigos, moças, jovens, viúvas, rapazes e
cônjuges, todos que queriam seguir a regra franciscana. A estes foi
estabelecido: - viver honestamente em suas casas, no trabalho, nas paróquias e
no ambiente familiar; dar esmolas, atender as obras de caridade e, sobretudo
amar a Deus e a nossa Mãe Santíssima. Sentia grande e profunda admiração por
Nossa Senhora e sempre a referia com muita doçura e muito carinho! Francisco
instituiu o Presépio, dando origem a uma das tradições mais amadas pela
cristandade!
Nos últimos anos de vida
Nos últimos anos de vida,
Francisco diminuiu as suas viagens e missões, dedicando-se às orações e a
escrever. Procurava ficar mais com seus frades, orientando, instruindo e dando
a cada um o seu exemplo maravilhoso! Sua condição física estava comprometida
com diversas doenças, ficou com sua saúde debilitada devido os jejuns
frequentes. Sofria de hemorragias com frequência e também tinha uma doença nos
olhos contraída quando esteve no Egito tentando converter o Sultão. Nas crises,
havia momentos em que ficava quase que completamente cego!
O Grande Milagre
No Monte Alverne, em estado
de êxtase, reviveu o Apocalipse, descobrindo detalhes que antes não percebera e
fechou os lábios por ordem do Sublime Comandante da Terra, só mais tarde
falando novamente ao Seu discípulo: - Já foi dito o que se tinha a dizer. E
continuou: - Quem tiver olhos para ver, que veja; quem tiver ouvidos para ouvir
que ouça pelos meios da intuição e do raciocínio.
Em 1224 no Monte Alverne foi,
por assim dizer, o Calvário do Povorello de Assis, onde pedira a Jesus que
antes de voltar à Pátria Espiritual, desejaria sentir as Suas chagas no próprio
corpo. Foi lá que teve sua maior emoção espiritual em vida, onde recebeu o
maior reconhecimento do Senhor:os estigmas. Todavia, Francisco não
poderia mais estar materialmente presente entre as pessoas: doente, foi
induzido pelos confrades a retirar-se e repousar, mas dentro daquele corpo
espiritual estavam acumuladas valiosas experiências de sucessivas vidas, das
quais três se destacam: de Profeta, de Apóstolo e de Santo. Santa Clara e suas
irmãs o trataram em São Damião e foi neste período que ele ditou o Cântico
das Criaturas, um texto de grande lirismo de onde emergem com força os
ideais franciscanos. Pediu para ser levado à Porciúncula, pois percebia que
estava prestes a deixar a esfera terrena onde começou a cantar o Salmo 141 de
David. Quando o cortejo ia passando perto de um leprosário e alguém mencionou
este nome, ele falou com alegria: - Meus filhos, eu desejava ver meus filhos do
coração e como não posso vê-los com os olhos da carne, ficaria satisfeito em
tocá-los. O calendário marcava a data de três de outubro de 1226. Rumaram ao
hospital de Hansenianos e Pai Francisco os abençoava com toda ternura! Naquele
quadro de Amor, dois leprosos foram curados pelo toque do Santo. Seus lábios
ficaram vermelhos de sangue das chagas e ele, no encanto do amor, não quis que
limpassem as marcas do seu convívio com os enfermos do coração! Lembrou-se de
Clara, visualizou a sua figura como se estivesse à beira do seu leito,
falando-lhe do Amor, daquele Amor que ultrapassa as barreiras do egoísmo e do
ciúme, daquele que supera o da família e o da pátria, para somente
concentrar-se no amor Universal, personificado pelo Cristo! Mandou chamá-la,
porém ela não pôde comparecer. O Sol começava a apagar-se no poente e o som de
sua voz foi se perdendo até emudecer inteiramente. E foi cantando que ele
entrou na eternidade! Ao seu redor ,somente ouvia-se um sonoro e imprevisto
coro de todas as aves, dando-lhe o último Adeus! Levado a Porciúncula, todos
foram prestar a ultima homenagem a Francisco... Seus confrades transportaram o
seu corpo para a Catedral de Assis, levando tochas acesas e um ramo de
oliveira. Na manhã seguinte, o cortejo fúnebre alcançou São Damião, onde Clara
e suas freiras pudessem ver pela última vez o seu pai espiritual. Frei Rogério
viu com nitidez Pai Francisco subindo aos Céus refulgindo-se de luzes, ao
encontro do Cristo! Diante do Mestre, os seus joelhos dobraram-se de emoção e
Francisco chorou como criança! Jesus levantou-o com carinho e ele apoiado em
Seu ombro, pediu com humildade: “-Mestre, se eu mereço a Tua benção,
que ela seja dada aos companheiros que ficaram no mundo. Eles carecem da Tua
ajuda agora e sempre!”.
Fez mais uma pergunta:
“-Mestre, e Maria, Tua e nossa Mãe Santíssima?”
O silêncio dominou o ambiente
e Francisco procurou buscá-la entre os que estavam presentes, mas não viu
aquela que tanto amava, recordando o momento cruciante do Calvário. Rememorou
todo o drama, e apurando os ouvidos espirituais ouviu, com alegria o que foi
registrado no Evangelho e que ele mesmo escrevera (Cap.19 V: 26 e 27): “-Vendo
Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: “- Mulher, eis aí o teu
filho. Depois disse ao discípulo: - Eis aí a tua mãe.”Dessa hora em diante o
discípulo a tomou para casa. Francisco de Assis chorou novamente, amparado por
Jesus; o Mestre acariciando os cabelos do discípulo amado, como outrora, disse
com profunda ternura: “-Meu filho! - Eis que aqui estamos te esperando
para novos trabalhos que nos compete realizar. Somos conscientes de que ninguém
morre e que o nosso Amor deve ser extensivo a todas as criaturas de Deus.
Cumpriste o teu dever pisando no solo terreno e, por muitas vezes em espinhos
dilacerantes. Renunciaste ao conforto do mundo, visualizando a paz das
criaturas. Gastaste a última gota de energia em favor dos que sofrem! Tudo isso
me agradou, porque deixaste um rastro de luz como exemplo, porque viveste o
Evangelho na sua mais alta função de humildade, de desprendimento e de Amor!Que
Deus te “abençoe.”
E Francisco espírito
agradecia ao Francisco corpo, onde olhou a sua feição melancólica pelo desgaste
do corpo físico, ao qual ainda se achava ligado pelo cordão de vida e imprimiu
em sua mente poderosa, uma feição de alegria! O rosto de Francisco corpo se
iluminou, os presentes admiraram o fato, considerando-se mais um milagre do
Pai. Francisco levantou-se para despedir-se de Assis e viu uma mulher, chorando
e orando, e dentro do seu tórax viu bater um coração de luz! Era Clara! Com
muita emoção abraçou-a e chorou com ela! Afastou-se, olhou para Clara, e viu
nela companheira de outras eras!... Pegou em suas mãos e beijou-as e ela sentiu
a sua presença espiritual e falou pelo pensamento: - Francisco!... - Queria
ver-te antes de fechar os olhos na Terra, mas Deus não permitiu. Hei de ver-te,
brevemente, com eles abertos na espiritualidade! O Amor que nos une sobreviverá
em favor dos que sofrem eternidade afora... Clara sentiu um vento acariciar seu
rosto como se fossem as mãos de Francisco! Ela agradeceu ao Senhor pelo prêmio
da comunhão espiritual! Cerrou os olhos em oração e viu nitidamente Francisco
de Assis acenando-lhe com as mãos em ascensão para o infinito! Francisco
regressou à Pátria Espiritual, a fim de assumir novos encargos, como Preposto
Divino a operar em favor das criaturas.
Dois anos após a sua morte,
Francisco foi beatificado por Onório IX em 1228.
São Francisco de Assis é para
nós um ponto de referência de reforma interior e humildade. É um marco na história
religiosa da humanidade!
Bibliografia
Guia ilustrada de Assis – Autor Adriano Cioci
O Mundo de Francisco de Assis – Autor Ariston S. Teles, pelo Espírito
Rabindranath Tagore
Workshop Irmão Alegria – A Vida de Francisco de Assis – Divaldo Pereira
Franco
Francisco de Assis – João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez
Francisco de Assis, uma proposta para hoje – Frei Paulo Bettoni Oblak
Paz e Luz!
Laura
Que linda história, que belíssimo exemplo.
ResponderExcluirpaz e luz.