Lindo"

terça-feira, 30 de abril de 2013

Aula: A fé que transporta montanhas

Aula: A fé que transporta montanhas
Turma: Jardim – Sala Joanna de Angelis
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.18, itens 1 a 7, 11 e 12
I – Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento:
3 – Respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
  II. Prece.
 III. Atividades
1)            Dinâmica:
Material:
a)     Duas árvores feitas de galhos secos e folhas de papel ou EVA, fixadas em dois vasos (a primeira árvore deve ser frondosa, com galhos grandes e muitas folhas, nela estando dependuradas as frutas boas e suculentas, a segunda com folhas secas e esparsas, contendo apenas poucas frutas estragas).
b)     Frutas (laranjas, bananas, uvas, mixiricas) tanto boas quanto algumas estragadas.
c)      Um caminho desenhado no chão tendo ao final uma bifurcação dando para cada árvore.
d)     Debaixo da árvore frondosa colocar vários bichos (de plástico ou de pelúcia) e bonecos.
Procedimento:
Pedir às crianças para imaginarem que estão numa jornada há muito tempo. Estão caminhando sob o sol forte, cansadas, com fome e sede. Leve-as pelo caminho, ao final da estrada dividir a turma ao meio, encaminhando cada equipe para uma árvore. Observar atentamente a reação das crianças. Podem ocorrer várias situações, dentre elas: aquelas que forem encaminhadas para a árvore boa chamarem pelas outras ou, ao contrário, zombarem da outra equipe. Intervenha com a atitude adequada. Peça a todas para se sentarem em almofadas que você irá distribuir e colocar em torno da árvore boa, fecharem os olhos e elevarem a Deus a uma prece de gratidão por, após tão longa caminhada, encontrarem a sombra e o frescor da árvore amiga, a companhia dos animaizinhos que os alegram e o alimento que sacia sua fome e aplaca sua sede.
2)       Apresentar o tema da aula
Hoje nós vamos aprender sobre a fé. Alguém sabe o que é fé? Vocês conhecem alguma história sobre a fé? Incentivar os Evangelizandos a falar e discutir sobre a fé.
3)     Contar essa estória:
A Lição do Jabuti

A águia abriu as grandes asas e ergueu vôo. E viu na Floresta Maravilhosa vários porquinhos brincando de rolar pela grama. “Onde estará a mãe deles?” – pensou ela. E, como não vise Dona Porca pelas redondezas, voou com rapidez em direção aos porquinhos e... zás! Levou um para o seu ninho na Montanha Azul.


- Pare de chorar, disse a águia. Não vou lhe fazer mal. Eu vivo sozinha e você será tratado como se fosse um filhote meu.
Mas o porquinho continuava a chorar, cada vez mais alto, chamando pela verdadeira mãe.
- Já lhe disse para não chorar nem gritar. Não quero ficar irritada e castigar você.

Enquanto isso, lá em baixo, Dona Porca e seus filhinhos continuavam desesperados com o que acontecera. Foi quando vários animais, ouvindo lamentações, aproximaram-se, perguntando o que houve.


- A águia levou para o pico da montanha um de meus filhinhos! Ajudem-me! Por favor, ajudem-me! Quero meu filhinho mais novo de volta!
Os animais entreolharam-se
- Eu gostaria de ajudá-la, disse o urso. Mas não posso, não tenho forças para subir a montanha, que é muito alta!
- E o senhor coelho?
- Eu?
- Sim, pode me ajudar?
O coelho sacudiu a cabeça, negativamente.
- Ah, não posso... Tenho medo de dona Águia!
Nesse momento, aproximou-se devagarzinho o jabuti conhecido pelo apelido de “Capacete”, devido à sua casca. E foi logo dizendo:
- Se a dona porca quiser, estou aqui para ajudá-la. 
Os animais deram uma gargalhada.
- Ajudar com essas pernas curtinhas e esse corpo pesado? Exclamou o esquilo rindo.
- Você não conseguirá com essas perninhas e com esse peso chegar ao pico da montanha! É melhor desistir, acrescentou a corsa, achando, também graça.
O jabuti, muito sério, respondeu:
- Deus ajuda quem tem boa vontade. Eu sou pesado e tenho as pernas curtas, é verdade. Mas com minha vontade hei de trazer de volta o filhinho de dona porca.
E começou lentamente a subir a montanha. 

Gastou muito tempo para chegar ao alto. A águia, felizmente, fora buscar alimentos, longe... O porquinho, ao ver o jabuti, saiu do ninho e correu ao seu encontro.

- Graças a Deus alguém veio me salvar! Rezei tanto para isso! Como está minha mãezinha?
- Sua mãe e seus irmãos estão bem, respondeu o jabuti, respirando com dificuldade. Eu é que não estou... Deixe-me respirar um pouco... Pronto! Agora sim, estou ótimo!
- Como fugir daqui? Não sei o caminho de volta e você, Capacete, não consegue correr. A águia nos pegará... Ela vai voltar de um momento para o outro!


- Tenha fé em Deus e encontraremos uma solução.
- Olhe! Exclamou de repente o porquinho, arregalando os olhos. Veja aquela nuvem negra... É a águia! Ela chegará dentro de pouco tempo! O que fazer?
- Orar meu amiguinho. A fé remove montanhas! E nós estamos em uma montanha... Vamos orar!
E começaram a orar o Pai Nosso. Após a prece, ambos viram aparecer o espírito luminoso do pai do jabuti, que disse:
- Ouvi o pedido de socorro e vou ajudá-los. Ao pé desta montanha existe um grande lago de águas azuis. Vocês devem mergulhar nele.

- Eu sei nadar muito bem. Foi o senhor que me ensinou! Respondeu o porquinho.
- Depressa meu filho. Faça o que eu disse! A águia já está chegando. Mergulhe no lago com seu amiguinho... Coragem!

O jabuti pediu que o porquinho se agarrasse firme em seu casco.
- Segure com mais força. Assim!
E ambos se atiraram no lago... Tibum! Exatamente quando a águia pousava no ninho.
Dona porca, quando viu o filhinho chegar carregado pelo jabuti, correu ao seu encontro, chorando de alegria.

O jabuti, humilde, olhava os dois.
- Deus lhe pague pelo que fez! Disse dona Porca. Realizou uma façanha que muitos animais grandes e ligeiros não seriam capazes! Como conseguiu?
- Com a minha fé! Respondeu o jabuti.

E, lentamente, afastou-se, enquanto pensava:
- Eu nada sou, mas, estando com Deus, que pode o mundo contra mim?

Obs.: O Evangelizador pode mostrar as figuras, mas se tiver tempo pode montar o seguinte cenário para contar a estória dramatizando, que os Evangelizandos vão adorar:
_ Uma pradaria com grama, árvores, montanhas e um lago. Uma placa de isopor serve como base. Papel camurça verde dá um bom gramado, ou papel verde picado, musgo, areia tingida de verde. As montanhas podem ser feitas com jornal amassado e pintado, ou cones de isopor. O lago de papel celofane azul.  
Você pode usar bichinhos de plástico, biscuit, resina ou fazê-los de feltro, dobradura ou fantoches de varetas.

4)     Indagar e explicar para os Evangelizandos:
O que vocês acharam da estória?
Vocês viram como o jabuti, mesmo pequeno, com perninhas curtas e andando devagar salvou o porquinho? O que será que motivou o jabuti a superar todas as dificuldades, suas limitações (tamanho, incapacidade de ser rápido, ter perninhas curtas, não agüentar carregar o peso do porquinho), a distância da alta montanha, o medo?
Incentivar as crianças a chegarem à resposta: a fé!
O Mestre Jesus nos ensinou que a fé transporta montanhas, isso não é tirar a montanha de um lugar e colocar no outro. A montanha que a fé transporta são as dificuldades, os medos, a luta constante para corrigirmos nossos defeitos e superarmos os obstáculos e desafios.
5)     Artes:
Vamos fazer um porquinho de garrafa Pet? 

Veja o PAP aqui!:

6) Cantar a música “Coragem e Fé” de Jean Charlles:


Compositor: Jean Charlles
Tom: G
                 
Em D C 4x 
G                               C
Quero ter coragem e fé em toda dor
         D                   G       G4   G
Em todo mal que acontecer comigo
                                    C
Sábia luz de eterno amor que vem de Deus
        D                  G        D/F#  Em
E o consolo de tão grande amigo
 
                          C9    Em
Sei que vem provar minha fé
               C9                   Em
Se confio na Tua vontade
                  C9
Se me manterei de pé
       D
Mesmo até
  C            Dsus  G
Após a grande tempestade
 
       D/F#   C          D            G
O que semear aqui por toda a minha vida
      D/F#       C        Dsus  G
Colherei na vida do espírito
       D/F#          C          D            G
Frutos de coragem e fé ante o medo e a fraqueza
      D/F#        C       Dadd9   G
Provirão de Teu amor perfeito
 
       D/F#     C          D          G
Se um dia sucumbir, vou querer levantar
          D/F#        C        Dsus  G
E seguir a caminhada firme em Tua mão
          D/F#      C            D          G
E quando forte estiver e alguém vier perguntar
             D/F#        C      Dadd9      intro
É Cristo em minha alma, corpo e coração

6)    Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:

 Portal do Espírito

A sua referência sobre Doutrina Espírita na Internet Fé que transporta montanhas
Grupo Espírita Apóstolo Paulo
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19)
Fé humana e fé divina
- A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
Fé cega e fé racional
- A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)
Acima, colocamos um exemplo de como a palestra pode ser apresentada em uma lousa. A seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.

Fé que transporta montanhas

Este tema visa esclarecer ao público qual o verdadeiro sentido da fé e o que ela significa para as nossas vidas. Como a Doutrina Espírita compreende este sentimento e de que forma colocá-lo em prática frente às dificuldades da existência.
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19)
Explique esta passagem, onde Jesus diz que quem tiver fé do tamanho de um grão de mostarda, ou seja, muito pequeno, terá capacidade para remover montanhas. Com isso, o Mestre nos faz refletir sobre quanto somos descrentes nos momentos difíceis. Que temos muita teoria, mas na hora da prova, fraquejamos. E que uma pequena dose de fé já nos faria maravilhas.
É necessário deixar claro que as montanhas que serão transportadas são um simbolismo dos nossos problemas, dificuldades. São também as nossas limitações, os nossos defeitos e imperfeições.
Jesus nos deixa claro o poder deste sentimento tão falado e tão pouco compreendido e praticado, pois ele esclarece que nada nos será impossível se soubermos usar esta poderosa força espiritual.
Fé humana e fé divina
- A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 19, item 12, Kardec define a fé como sendo uma força de vontade direcionada para um certo objetivo, ou seja, a vontade de querer. E esta força pode ser aplicada em dois campos distintos: o material e o espiritual, conforme o objetivo proposto.
No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para conseguir objetivos materiais e intelectuais, como por exemplo: a construção de uma empresa, a melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação. Todos nós temos que ter esta fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas ela deve ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho, sentimento este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade.
Cite ao público vários exemplos de homens que realizaram grandes tarefas para o bem da sociedade, acreditando no seu próprio potencial, em vários campos de atuação, como por exemplo: a política, as ciências, os descobrimentos e também o campo empresarial.
No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta o homem na crença em uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade na busca de algo além do material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade, agregando a caridade, a fraternidade e a melhoria interior.
Esta fé, aliada à fé humana, espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força material para a satisfação da coletividade e não mais só da individualidade.
Fé cega e fé racional
- A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Aqui vamos definir a fé que a nossa Doutrina veio propagar, que é a Fé Racional. Aquela que conforme este trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, veio aliar a este sentimento de crença e vontade de querer, uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão. É ela quem dá uma base sólida a nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a qualquer tempo. E que também nos ensina que não basta só crer ou ver, é também necessário compreender. Isto se aplica principalmente ao Espiritismo, onde o estudo e a prática da caridade são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita. Não basta também sentir, ver, ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante compreender sua natureza, o seu ambiente, a sua ação no mundo material e no espiritual. Reafirme o que diz o E.S.E., que é necessários compreender antes de ver.
Deixe claro o perigo da fé cega, aquela que acredita sem compreender, sem questionar, pois ela é a gênese do fanatismo religioso que causou tanto mal para a humanidade, e que deve ser combatida com serenidade e racionalidade
Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)
Encerrando a palestra, saliente que a Fé sem obra não vale nada, mesmo a Fé Racional, pois só o conhecimento não salva ninguém. É vital aplicarmos o que estamos aprendendo e o que já sabemos, mudando o mundo em nossa volta, primeiramente o nosso interior e depois a parte externa.
Não adianta nada lermos toda a Bíblia, todas as obras da codificação, todas as obras complementares, se todo este cabedal de ensinamentos não mudar o nosso espírito para melhor, transformando em obras materiais e espirituais o que aprendermos. É o benefício que podemos fazer ao próximo, e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.
Paz e luz!
Laura




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