22 de Maio - Dia do Abraço!
O abraço de Dr. Bezerra
Um abraço, em nome de Deus, faz maravilhas!
Bezerra de
Menezes acabava de presidir a uma das sessões públicas da Casa de Ismael,
na Avenida Passos-RJ.
Era uma noite de terça-feira do mês de junho de 1896.
Sua palavra esclarecida e carinhosa, à moda de uma chuva fina e criadeira, no dizer de M. Quintão, penetrava as almas de quantos encarnados e desencarnados, lhe ouviam a evangélica dissertação sobre uma
lição do “Livro da Vida”.
Os olhos estavam marejados de lágrimas,
tanto de ouvintes como os do próprio orador.
Acabada a sessão, descera Bezerra com passos tardos, ainda emocionado, as escadas da Federação Espírita Brasileira.
E ia, humildemente, indagando dos mais íntimos, se ferira alguém com
sua palavra, que lhe perdoassem o descuido e ia descendo e afagando
a todos que o esperavam ávidos dos seus conselhos, dos seus sorrisos,
do seu olhar manso e bom.
No sucedâneo da escada, localizou um irmão,
de seus 45 anos,
cabelos em desalinho,
com a roupa suja e amarrotada.
Os dois se olharam. Bezerra compreendeu logo que ali estava
um caso, todo particular, para ele resolver.
Oh! Benditos os que têm olhos no coração!
E Bezerra os tinha e os tem!
E levou o desconhecido para um canto e lhe ouviu,
com atenção, o desabafo, o pedido:
- Dr. Bezerra, estou sem emprego, com a mulher
e dois filhos doentes e famintos...
E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril!
Bezerra, apiedado, verificou se ainda tinha algum dinheiro.
Nada encontrou nos bolsos. Apenas a passagem do bonde...
Tornou-se mais apiedado e apreensivo.
Levantou os olhos já molhados de pranto para o Alto e, numa prece muda, pediu inspiração a seu anjo tutelar e solucionador de seus problemas.
Depois, virando-se para o irmão: -Meu filho, você tem fé em Deus?
- Tenho e muita Dr. Bezerra!
- Pois, então, em seu santíssimo nome, receba este abraço.
E abraçou o desesperado irmão, envolvente e demoradamente.
E, despedindo-se: - Vá, meu filho, na paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade. E, em seu lar, faça o mesmo com todos
os seus familiares, abraçando-os, afagando-os.
E confie no amor de Deus, que seu caso há de ser resolvido.
Bezerra partira. A caminho do lar, meditava: teria cumprido seu dever,
será que possibilitara ajuda ao irmão em prova, faminto e doente?
E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço.
Não possuía nenhum dinheiro. O próprio anel de grau já não estava nos seus dedos. Tudo havia dado. Não tendo dinheiro, dera algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma, ao irmão sofredor e não tinha certeza de que isso lhe bastara... E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.
Uma semana se passara.
Bezerra não se recordava mais do sucedido.
Muitos eram os problemas alheios.
Após a sessão de outra terça-feira, descia as escadas da Federação.
Alguém, no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia
toda a emoção do agradecimento, toca-lhe o braço e lhe diz:
- Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste local e nesta mesma hora. Daqui saí logo sentindo-me melhor. Em casa, cumpri seu pedido e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos a Deus. Na água que bebemos e demos aos familiares, parece, continha alimento.
Pois dormimos todos bem.
No dia seguinte, estávamos sem febre e como que alimentados...
E veio-me uma inspiração, guiando-me a uma porta que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu meu problema, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje.
E venho lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do que dinheiro!
O ambiente era tocante! Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra
como do irmão beneficiado e desconhecido.
E uma prece muda, de dois corações unidos, numa mesma força gratulatória, subiu aos céus, louvando aquele que é, em verdade, a porta de nossas esperanças, o advogado querido de todas as nossas causas!
Louvado seja o nome de Deus!
E abençoado seja o nome de quem, em seu nome, num abraço,
faz maravilhas, a verdadeira caridade desconhecida!
Era uma noite de terça-feira do mês de junho de 1896.
Sua palavra esclarecida e carinhosa, à moda de uma chuva fina e criadeira, no dizer de M. Quintão, penetrava as almas de quantos encarnados e desencarnados, lhe ouviam a evangélica dissertação sobre uma
lição do “Livro da Vida”.
Os olhos estavam marejados de lágrimas,
tanto de ouvintes como os do próprio orador.
Acabada a sessão, descera Bezerra com passos tardos, ainda emocionado, as escadas da Federação Espírita Brasileira.
E ia, humildemente, indagando dos mais íntimos, se ferira alguém com
sua palavra, que lhe perdoassem o descuido e ia descendo e afagando
a todos que o esperavam ávidos dos seus conselhos, dos seus sorrisos,
do seu olhar manso e bom.
No sucedâneo da escada, localizou um irmão,
de seus 45 anos,
cabelos em desalinho,
com a roupa suja e amarrotada.
Os dois se olharam. Bezerra compreendeu logo que ali estava
um caso, todo particular, para ele resolver.
Oh! Benditos os que têm olhos no coração!
E Bezerra os tinha e os tem!
E levou o desconhecido para um canto e lhe ouviu,
com atenção, o desabafo, o pedido:
- Dr. Bezerra, estou sem emprego, com a mulher
e dois filhos doentes e famintos...
E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril!
Bezerra, apiedado, verificou se ainda tinha algum dinheiro.
Nada encontrou nos bolsos. Apenas a passagem do bonde...
Tornou-se mais apiedado e apreensivo.
Levantou os olhos já molhados de pranto para o Alto e, numa prece muda, pediu inspiração a seu anjo tutelar e solucionador de seus problemas.
Depois, virando-se para o irmão: -Meu filho, você tem fé em Deus?
- Tenho e muita Dr. Bezerra!
- Pois, então, em seu santíssimo nome, receba este abraço.
E abraçou o desesperado irmão, envolvente e demoradamente.
E, despedindo-se: - Vá, meu filho, na paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade. E, em seu lar, faça o mesmo com todos
os seus familiares, abraçando-os, afagando-os.
E confie no amor de Deus, que seu caso há de ser resolvido.
Bezerra partira. A caminho do lar, meditava: teria cumprido seu dever,
será que possibilitara ajuda ao irmão em prova, faminto e doente?
E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço.
Não possuía nenhum dinheiro. O próprio anel de grau já não estava nos seus dedos. Tudo havia dado. Não tendo dinheiro, dera algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma, ao irmão sofredor e não tinha certeza de que isso lhe bastara... E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.
Uma semana se passara.
Bezerra não se recordava mais do sucedido.
Muitos eram os problemas alheios.
Após a sessão de outra terça-feira, descia as escadas da Federação.
Alguém, no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia
toda a emoção do agradecimento, toca-lhe o braço e lhe diz:
- Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste local e nesta mesma hora. Daqui saí logo sentindo-me melhor. Em casa, cumpri seu pedido e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos a Deus. Na água que bebemos e demos aos familiares, parece, continha alimento.
Pois dormimos todos bem.
No dia seguinte, estávamos sem febre e como que alimentados...
E veio-me uma inspiração, guiando-me a uma porta que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu meu problema, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje.
E venho lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do que dinheiro!
O ambiente era tocante! Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra
como do irmão beneficiado e desconhecido.
E uma prece muda, de dois corações unidos, numa mesma força gratulatória, subiu aos céus, louvando aquele que é, em verdade, a porta de nossas esperanças, o advogado querido de todas as nossas causas!
Louvado seja o nome de Deus!
E abençoado seja o nome de quem, em seu nome, num abraço,
faz maravilhas, a verdadeira caridade desconhecida!
Ramiro Gama
in: Lindos Casos de Bezerra de Menezes
in: Lindos Casos de Bezerra de Menezes
Paz e Luz!
Laura.
Laura!
ResponderExcluirBelíssima postagem!
Sinta-se abraçada!
Vim conhecer e dar uma forcinha no blog, porque nada melhor que conquistarmos novas amizades e conhecermos novos blogs.
Desejo sucesso!
Carinho não tem preço, doe-se. Blogueiras Unidas 1275!
Luz e paz!
Cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/
Oi, Rudy, muito obrigada pelas doces palavras. Dê uma olhada que seu blog está bloqueado no Chrome. Consegui abrir pelo explorer, ele é maravilhoso, especialmente para quem ama ler, como eu. Muita paz!
ExcluirOi sou blogueira unida 2043 e vim conhecer o seu cantinho, faça-me uma visita também vou amar a sua presença, bjs
ResponderExcluirhttp://pontinhosdatati.blogspot.com.br/
Obrigada, Tati, amei seu blog. Muita paz!
ExcluirLembro a primeira vez que ouvi esse texto, emocionante. Como é simples ajudar alguém que necessita, as vezes nos detemos em querer dar algo material, palpável à mão encarnada, sem lembrar que um abraço, uma música, uma prece também é alimento e também cura.
ResponderExcluirUma abraço cheio de boas energias pra você!
Muita paz!
Já estava com saudades... Muita paz, querida amiga!
ExcluirAmiga temos algo em comum... entre no meu blog que vc vai descobrir!!! rsrsrs
ResponderExcluirConheci seu blog através do Blogueiras Unidas e estou te seguindo!! sou BU 2156 sigo todos os blogs que me seguem da uma passadinha no meu blog http://laurarandrade.blogspot.com.br
beijo
Fiquei emocionada ao visitar seu blog, sua filhinha é um verdadeiro presente de Deus. Já estou te seguindo e colocando vocês em minhas preces. Muita paz!
Excluiroi Laura obrigada pela visitinha e com certeza, pode usar as ideias sim, afinal se estão la é pq tirei de algum lugar também e é muito bom poder ajudar outras amigas, volte sempre bjs
ResponderExcluirTati querida, obrigada. Comecei a fazer um casaquinho de tricô para o Caio, filho da minha prima Mellina, que vai nascer amanhã. Quando terminar vou postar. Muita paz!
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